Ainda sob análise do Ministério Público e d o Tribunal de Justiça, a
denúncia contra prefeituras investigadas pela Operação Cartola não tem
data para um veredicto final. No entanto, os eleitores não esperaram
pelos tribunais e usaram o voto para fazer julgamento: apenas três
prefeituras investigadas vão seguir sob o mesmo comando nos próximos
quatro anos. Em outras cinco a oposição venceu a disputa e assumirá o
comando da cidade a partir de janeiro de 2013.
Prefeitos reclamaram da dimensão da operação já prevendo futuros danos políticos
Apenas São Sebastião do Caí e Cachoeirinha
reelegeram os prefeitos investigados na operação desencadeada pela
Polícia Civil em maio do ano passado. Em Osório, o atual prefeito elegeu
o sucessor.
"Como eu não era candidato o assunto não foi pautado pelos
adversários e acredito que não influenciou o resultado. Nosso projeto de
governo seguirá nos próximos quatro anos", afirma o prefeito de Osório,
Romildo Bolzan Júnior (PDT).
No entanto, em outros cinco municípios os eleitores trocaram o comando: Alvorada, Canela, Parobé, Tramandaí e Viamão
elegeram candidatos adversários à situação. Em Alvorada, que segundo a
investigação foi o embrião do esquema de fraudes, o prefeito João Carlos
Brum (PTB) entende que a dimensão dada a operação atrapalhou o
desempenho. "Mas e se a Justiça nos julgar inocente no futuro, quem vai
reparar esse prejuízo político?", questiona ele, que também reclama da
morosidade para o esclarecimento completo das suspeitas.
A Operação Cartola foi desencadeada em julho do ano passado pela
Polícia Civil, que apreendeu documentos para tentar comprovar um suposto
esquema de contratação fraudulenta e superfaturamento de serviços
prestados por empresas de publicidade junto a prefeituras municipais. As
fraudes teriam desviado pelo menos R$ 30 milhões dos cofres públicos.Na
época, a FAMURS chegou a reclamar ao governador do estado sobre o
método utilizado pela Polícia Civil no cumprimento dos mandatos nas
prefeituras.
Fonte: Esquina Democratica.com
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