BELO HORIZONTE - A ex-senadora Marina Silva (AC) admitiu nesta segunda-feira, 17, em Belo Horizonte, a possibilidade de criação de um novo partido antes das eleições presidenciais de 2014. Ela afirmou que não pretende criar uma legenda "para disputar eleição" em 2012, mas contou que desde que deixou o PV integra um movimento batizado "nova política" que pode convergir para a criação de uma nova legenda.
Após cerimônia de abertura de um evento promovido pela Universidade Federal de Minas Gerais, Marina criticou de forma geral a atuação dos partidos brasileiros, inclusive o PV, pelo qual disputou a Presidência em 2010. Para ela, as atuais legendas estão vazias de propostas e têm apenas projetos eleitorais. "Não se cria partido político por causa de eleição. Se cria partido político quando se tem visão, projeto e alguma argamassa em termos das pessoas que estão em torno desse ideal", salientou.
Segundo a ex-senadora, o movimento ao qual faz parte, batizado "nova política", inclui pessoas que "querem e que não querem" a criação de um partido, assim como personalidades de outras legendas já tarimbadas no meio. E citou a também ex-senadora Heloísa Helena (PSOL), os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Cristovam Buarque (PDT-DF) e o deputado federal Ricardo Trípoli (PSDB-SP).
"Estou nesse movimento. Se isso tiver densidade, estatura, altura e profundidade para se transformar, uma parte do movimento, em um partido, poderá até, no futuro, ser um partido. Eu estou no processo", declarou a ex-senadora, que ressaltou não ter objetivo de fazer um contraponto à disputa entre PT e PSDB. "É para colocar um ponto. E eu espero que seja um ponto final na ideia dessa polarização", disse.
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