Cecília conta que ao acordar, se lembrava de tudo o que havia acontecido no dia do assalto: “As primeiras pessoas que vi foram meu pai, minha mãe e meu irmão. Na hora os reconheci. Eu me lembrava de tudo que tinha acontecido. Foi na véspera do meu aniversário. Passei meu aniversário na UTI, em coma”.

O neurologista Delson José da Silva, do Hospital das Clínicas em Goiânia explica que em coma o paciente perde o contato com o meio externo. Segundo ele, a recuperação das funções com o tempo pode ser total ou parcial dependendo do nível de agressão ao cérebro.
“Dependendo do nível de agressão que esse indivíduo sofreu ele pode retornar sim e se tratar adequadamente.

As sequelas do coma dependem da agressão. Se é um trauma e ele sofreu prolongadamente, se é um trauma muito intenso, ele pode ter alterações de suas funções cognitivas, de memória, etc.”, explica Delson José.

Atualmente, Cecília ainda luta para recuperar os movimentos, com exercícios diários de fisioterapia. A música também virou aliada no tratamento da jovem, que encontrou forças no filho para superar o trauma.

Fonte: G1