O pastor é sargento do Exército, e o condomblecista, seu subordinad |
O soldado do Exército Dhiego Cardoso Fernandes dos Santos vivia dizendo ter “o corpo fechado” por ser adepto do candomblé.
O terceiro-sargento José Ricardo Mitidieri ficou irritado com essa conversa de alardear vantagem. Ele também é pastor da igreja evangélica Comunidade Cristã Ministério da Salvação.
No dia 8 de abril de 2010, Mitidieri resolveu questionar a fé de seu subordinado de uma maneira contundente. Apontou uma pistola 9 milímetros para a cabeça dele: “Você tem mesmo corpo fechado?”.
Cardoso respondeu que sim. Mitidieri fez a pergunta mais duas vezes e obteve a mesma resposta.
O sargento-pastor pediu então para que o subordinado contasse até três, dando a entender que ia puxar o gatilho. “Um, dois...”
Antes de o soldado terminar a contagem, Mitidieri baixou a arma e comentou: “Não é para você brincar com coisa séria. Você tem de aceitar Jesus.”
Uma semana depois, o sargento pediu desculpas, mas Santos já tinha decidido levar o caso à Justiça. O MPM (Ministério Público Militar), em defesa do soldado, apresentou à Justiça Militar pedido de condenação de Santos por intimidação e intolerância religiosa.
No começo de novembro deste ano, o STM (Superior Tribunal Militar) manteve a condenação de primeira instância de prisão de Mitidieri por dois meses.
Mas nos próximos dois anos, o sargento-pastor não pode ser preso porque ele conseguiu suspender a execução da pena durante esse período. Enquanto isso, ele vai recorrer em liberdade da condenação.
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Sargento evangélico vai recorrer em liberdade |
Mas nos próximos dois anos, o sargento-pastor não pode ser preso porque ele conseguiu suspender a execução da pena durante esse período. Enquanto isso, ele vai recorrer em liberdade da condenação.
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