quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

“Estamos quase tendo que apelar para o voluntariado” diz Prefeito de Parobé

“Estamos quase tendo que apelar para o voluntariado”, confessou o prefeito de Parobé, Cláudio Silva, durante coletiva de imprensa realizada na manhã dessa quinta-feira (10), em seu gabinete. O encontro, segundo Silva, serviu para que a nova administração pudesse expor a situação em que se encontra o município, após os primeiros dias de trabalho na prefeitura.

Prefeito Claudio Silva
Conforme a nova administração, depois de conseguir ter um acesso mínimo às informações inerentes à transição de governo, o secretário da Fazenda, Alderi Zanatta, apontou uma dívida de mais de R$ 17 milhões deixada pela administração anterior. O valor, segundo Zanatta refere-se a alugueis não pagos desde outubro passado, prestação de serviços e fornecedores, principalmente da área da Saúde e Educação, além da folha de pagamento de dezembro que não havia sido paga. “Reunimos recursos para fazer frente à essa dívida com os servidores, que é prioritária, e que passa dos R$ 2 milhões”, destacou Silva, informando que o pagamento será efetuado nessa sexta-feira, dia 11.

De sua parte, a ex-prefeita Gilda Kirsch, esclareceu que em termos de recursos livres a prefeitura ficou devendo apenas a folha de pagamento e, o restante do valor, refere-se a recursos vinculados com o Governo Federal que, segundo ela, estão empenhados na conta da administração municipal. “Além disso, o município perdeu em torno de R$ 5 milhões, assim como ocorreu com outros municípios, de recursos que viriam do Ministério da Educação e da Saúde. Se não, deixaríamos no recurso livre uns R$ 3 milhões a mais de saldo”, avalia Gilda. Para ela, não existe dívida de R$ 17 milhões. “Tenho relatório de quanto tinha em cada conta, de quanto tinha de empenho e de quanto a prefeitura ficou devendo”, conclui.

Fundo de Previdência

Outra situação apontada pela Secretaria da Fazenda de Parobé é a possível perda de R$ 2.352 milhões referentes ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), aplicados, segundo Alderi Zanatta, de forma irresponsável pela ex-prefeita Gilda Kirsch, na Corretora Diferencial, que teve seu fechamento decretado pelo Banco Central em 2012, e na BNY Mellon (Asset Management - gerenciamento de bens). “O processo foi assinado pela prefeita, que determinou a transferência em regime de urgência em 24 de maio de 2011”, ressaltou Zanatta.


Ex-prefeita Gilda Kirsch
Por sua vez, a ex-prefeita Gilda Kirsch destacou que não foi somente o município de Parobé que investiu o recurso do Fundo em aplicação. “Do valor do capital, acho que é de R$ 22 milhões, R$ 7 milhões foram aplicados na Diferencial e numa das contas na bolsa deu problema, mas não quer dizer que está perdido, pois o Banco Central ainda está avaliando tudo, junto com a corretora”, comentou a ex-prefeita.

Fonte: Jornal NH

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