“Estamos quase tendo que apelar para o voluntariado”, confessou o
prefeito de Parobé, Cláudio Silva, durante coletiva de imprensa
realizada na manhã dessa quinta-feira (10), em seu gabinete. O encontro,
segundo Silva, serviu para que a nova administração pudesse expor a
situação em que se encontra o município, após os primeiros dias de
trabalho na prefeitura.
Prefeito Claudio Silva |
Conforme a nova administração, depois de
conseguir ter um acesso mínimo às informações inerentes à transição de
governo, o secretário da Fazenda, Alderi Zanatta, apontou uma dívida de
mais de R$ 17 milhões deixada pela administração anterior. O valor,
segundo Zanatta refere-se a alugueis não pagos desde outubro passado,
prestação de serviços e fornecedores, principalmente da área da Saúde e
Educação, além da folha de pagamento de dezembro que não havia sido
paga. “Reunimos recursos para fazer frente à essa dívida com os
servidores, que é prioritária, e que passa dos R$ 2 milhões”, destacou
Silva, informando que o pagamento será efetuado nessa sexta-feira, dia
11.
De sua parte, a ex-prefeita Gilda Kirsch, esclareceu que em
termos de recursos livres a prefeitura ficou devendo apenas a folha de
pagamento e, o restante do valor, refere-se a recursos vinculados com o
Governo Federal que, segundo ela, estão empenhados na conta da
administração municipal. “Além disso, o município perdeu em torno de R$ 5
milhões, assim como ocorreu com outros municípios, de recursos que
viriam do Ministério da Educação e da Saúde. Se não, deixaríamos no
recurso livre uns R$ 3 milhões a mais de saldo”, avalia Gilda. Para ela,
não existe dívida de R$ 17 milhões. “Tenho relatório de quanto tinha em
cada conta, de quanto tinha de empenho e de quanto a prefeitura ficou
devendo”, conclui.
Fundo de Previdência
Outra
situação apontada pela Secretaria da Fazenda de Parobé é a possível
perda de R$ 2.352 milhões referentes ao Regime Próprio de Previdência
Social (RPPS), aplicados, segundo Alderi Zanatta, de forma irresponsável
pela ex-prefeita Gilda Kirsch, na Corretora Diferencial, que teve seu
fechamento decretado pelo Banco Central em 2012, e na BNY Mellon (Asset
Management - gerenciamento de bens). “O processo foi assinado pela
prefeita, que determinou a transferência em regime de urgência em 24 de
maio de 2011”, ressaltou Zanatta.
Ex-prefeita Gilda Kirsch |
Fonte: Jornal NH
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