Após
levar um tiro na cabeça durante um assalto ocorrido em 2009, no Setor
Bueno, em Goiânia, a estudante Cecília de Sousa Freitas luta para
recuperar os movimentos. Há três anos, devido à tragédia, ela passou um
mês em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e contou em entrevista
à TV Anhanguera como foi ao abrir os olhos. “Senti que eu era um
milagre de Deus, porque poucas pessoas levam um tiro na cabeça e estão
bem como eu”, declara.
Cecília conta que ao acordar, se lembrava de tudo o que havia acontecido no dia do assalto: “As primeiras pessoas que vi foram meu pai, minha mãe e meu irmão. Na hora os reconheci. Eu me lembrava de tudo que tinha acontecido. Foi na véspera do meu aniversário. Passei meu aniversário na UTI, em coma”.
O neurologista Delson José da Silva, do Hospital das Clínicas em Goiânia explica que em coma o paciente perde o contato com o meio externo. Segundo ele, a recuperação das funções com o tempo pode ser total ou parcial dependendo do nível de agressão ao cérebro.
“Dependendo do nível de agressão que esse indivíduo sofreu ele pode retornar sim e se tratar adequadamente.
As sequelas do coma dependem da agressão. Se é um trauma e ele sofreu prolongadamente, se é um trauma muito intenso, ele pode ter alterações de suas funções cognitivas, de memória, etc.”, explica Delson José.
Atualmente, Cecília ainda luta para recuperar os movimentos, com exercícios diários de fisioterapia. A música também virou aliada no tratamento da jovem, que encontrou forças no filho para superar o trauma.
Fonte: G1
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