Soares já recebeu 17 líderes evangélicos no Projac, os estúdios do
canal no Rio, em novembro de 2012.
Durante horas, os religiosos
acompanharam gravações e negociaram apoio e cobertura para a Marcha para
Jesus, o Dia do Evangélico e o Dia da Bíblia. Por sua vez, os líderes
prometem apoiar o Festival Promessas, que a Globo criou em 2011 para
divulgar a música gospel. A emissora confirma os encontros, mas não
comenta detalhes das conversas.
Para os pastores chegou a hora de a Rede Globo investir em
personagens evangélicos na teledramaturgia.
Quiçá numa mocinha do
horário nobre. Evangélicos veem mais holofote em outras religiões. Os
casamentos em folhetins são geralmente católicos. Novelas espíritas são
constantes. E, se há personagens evangélicos, “é crente, mas vagabundo. É
pastor, mas safado”, dispara Malafaia.
“A emissora considera a contribuição relevante, assim como as que
recebe de vários segmentos da sociedade, inclusive de outras religiões”,
informou a Globo em nota.
“Nos últimos cinco anos, a Globo se aproximou desse público porque
tem lhe conferido não somente peso de formação de opinião, mas também de
mercado consumidor”, explica Karina Bellotti, doutora da Unicamp que
estuda mídia e religião. Para ela, “é importante destacar que a bancada
evangélica cresceu no Congresso, assim como o poder aquisitivo de muitos
evangélicos que ocupavam a classe C”.
Quatro autores procurados pela Folha se recusaram a falar sobre o
tema. Silvio de Abreu foi exceção.
“Sinto muito, nunca tratei de
personagem religioso em nenhuma novela nem pretendo”.
Informações da Folha SP
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