sábado, 8 de dezembro de 2012

Tarso testa discurso para 2014


Tarso testa discurso para 2014 e tenta se diferenciar de antecessores Ricardo Duarte/Agencia RBSEntre a poeira das obras visitadas por Tarso Genro nos últimos seis dias sobraram palanques, discursos e críticas às administrações anteriores do Estado.

Em ritmo que lembrava campanha, foram mais de 1,7 mil quilômetros percorridos, e a peregrinação para prestação de contas pelo Interior termina hoje, na Capital, já sem a estrela maior.

Tarso, que deixou a comitiva nesta sexta-feira para atender a um convite da presidente Dilma Rousseff e viajar à França, minimizou os ataques, mas seus secretários estavam afinados no esforço de pedir à população para comparar os primeiros anos de mandato petista com os governos anteriores, de Yeda Crusius e Germano Rigotto. Na terça-feira, postado no palanque instalado na Escola Estadual Desvio Rizzo, em Caxias do Sul, o governador deu o tom que seria seguido na viagem:

— Fizemos, em dois anos, muito mais que outros governos fizeram. Desafio alguém a comparar os nossos dois anos com os dois anos de outros governos — desafiou Tarso.

Petista ambiciona agenda positiva nos próximos anos

Em Sananduva, o governador dirigiu as críticas mais enfáticas ao discursar para um grupo de sem-terra.
— A situação antes era conflituosa, era de um governo que lavava as mãos, em que os governantes falavam com um lado, mas não falavam com o outro. Vocês não entravam no Palácio. Hoje, vocês entram — afirmou.

As comparações seguiram com os secretários de Estado, que cutucaram a oposição. O titular da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, chegou a afirmar que os últimos governos "desrespeitavam" os agricultores e pecuaristas, em discurso em Frederico Westphalen.

Tarso nega que a enxurrada de críticas durante as visitas a obras e encontros com trabalhadores faça parte de uma estratégia para as eleições de 2014. Porém, espera marcar, a partir da caravana e do anúncio do investimento de R$ 5 bilhões da Celulose Riograndense em Guaíba, uma agenda mais positiva para os próximos dois anos que antecedem o pleito.

— O objetivo é melhorar a vida das pessoas, pensar no efeito de um programa de desenvolvimento econômico na vida das pessoas que precisam de políticas públicas. Queremos que em dois anos isso comece a aflorar de maneira plena — projeta.

Atenção aos trabalhadores

Durante a caravana, o governador fez jus ao seu DNA de petista. Fez questão de cumprimentar um a um os trabalhadores das obras visitadas e questionar se estava tudo bem com eles. Após almoçar em restaurantes à beira da estrada, ia até a cozinha abraçar os cozinheiros. No caminho para Bagé, nesta sexta-feira, tomou café com um caminhoneiro.

Agricultura na agenda de sexta

No penúltimo dia da caravana, Tarso dedicou o roteiro à agricultura e à irrigação. Em Formigueiro, conheceu uma propriedade beneficiada pelo programa estadual Mais Água, Mais Vida. Em Bagé, cidade que sofre com dificuldades no abastecimento de água, visitou a unidade da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado. Após o roteiro, seguiu para Porto Alegre. O governador embarca neste sábado para Brasília e, a partir de domingo, acompanha a comitiva de Dilma Rousseff na França.

Roteiro sem o governador

Desfalcada de Tarso Genro, a caravana pelo Interior seguiu nesta sexta para Hulha Negra — onde foram vistoriados investimentos de qualificação de infraestrutura em assentamentos — e Pelotas. Neste sábado, a agenda prevê visita às obras de construção de 280 unidades habitacionais no município do sul do Estado. A comitiva encerra o roteiro com a chegada a Porto Alegre no início da tarde.

Números da caravana

— 1,7 mil quilômetros percorridos
— 18 municípios visitados
— 11 obras conferidas
— 18 discursos proferidos
— 211 viaturas entregues à Brigada Militar e à Polícia Civil
— Cerca de 70 pessoas integraram a comitiva, entre secretários, assessores e membros da imprensa

Fonte:ZERO HORA

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