Freitas instalou a barraca em frente ao Largo Zumbi dos Palmares
Foto:
Felipe Daroit / Agência RBS
Um morador de rua chama a atenção de quem passa pela Avenida Loureiro da
Silva, na área central de Porto Alegre. Vivendo há cerca de uma semana
no local, o catador de lixo Manuel Eduardo Freitas, de 47 anos, trocou o
abrigo embaixo de marquises e viadutos por uma barraca, graças à
solidariedade de uma auxiliar de enfermagem.
Segundo o relato de Freitas, a mulher sempre o encontrava dormindo enrolado em uma lona preta. Ela, então, ofereceu a barraca a ele, que viu no gesto a oportunidade de amenizar o frio do inverno que se aproxima.
— Ela sempre me dava uns trocados e dizia que eu era limpo, tinha documentos. Aí, num dia de muito frio, ela me viu e perguntou: 'Se eu te der uma barraca você usaria?' Respondi: 'Claro, eu não tenho como comprar, mas iria me ajudar muito'.
Freitas nasceu em Guaíba e mora em Porto Alegre há pouco mais de 15 anos e veio para a Capital em busca de emprego. Sem sucesso, viciou-se em crack, mas hoje se diz "limpo". O único vício ainda é o cigarro, que pretende largar em breve. Já seu destino, e o da barraca, é incerto:
— Por enquanto vou ficar por aqui, é agradável e perto de tudo. Mas, às vezes, o pessoal da Guarda Municipal manda a gente sair. Aí, eu busco outro lugar.
Segundo Freitas, a barraca custou R$ 180 e causa inveja de outros moradores de rua. Quando sai para catar lixo, ele a coloca dentro de dois carrinhos de supermercado que possui e anda pela cidade. No fim da jornada, dorme com fones nos ouvidos escutando reggae no rádio — que também foi presente de um morador da Cidade Baixa.
Segundo o relato de Freitas, a mulher sempre o encontrava dormindo enrolado em uma lona preta. Ela, então, ofereceu a barraca a ele, que viu no gesto a oportunidade de amenizar o frio do inverno que se aproxima.
— Ela sempre me dava uns trocados e dizia que eu era limpo, tinha documentos. Aí, num dia de muito frio, ela me viu e perguntou: 'Se eu te der uma barraca você usaria?' Respondi: 'Claro, eu não tenho como comprar, mas iria me ajudar muito'.
Freitas nasceu em Guaíba e mora em Porto Alegre há pouco mais de 15 anos e veio para a Capital em busca de emprego. Sem sucesso, viciou-se em crack, mas hoje se diz "limpo". O único vício ainda é o cigarro, que pretende largar em breve. Já seu destino, e o da barraca, é incerto:
— Por enquanto vou ficar por aqui, é agradável e perto de tudo. Mas, às vezes, o pessoal da Guarda Municipal manda a gente sair. Aí, eu busco outro lugar.
Segundo Freitas, a barraca custou R$ 180 e causa inveja de outros moradores de rua. Quando sai para catar lixo, ele a coloca dentro de dois carrinhos de supermercado que possui e anda pela cidade. No fim da jornada, dorme com fones nos ouvidos escutando reggae no rádio — que também foi presente de um morador da Cidade Baixa.
RÁDIO GAÚCHA
Nenhum comentário:
Postar um comentário