
O projeto é vinculado ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) instalado na Vila Feliz. A titular da Pasta responsável, Angela Pandolfo Rambo, demonstra entusiasmo com a iniciativa, que está em andamento desde março de 2010. Para ela, antes de mais nada, é uma forma de tirar os menores das ruas, aproveitando o tempo ocioso deles com uma atividade útil e prazerosa, o que reforça a necessidade de continuar o trabalho mesmo durante as férias.
A constituição da banda surgiu a partir de um projeto da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) que contemplou dez prefeituras gaúchas, uma delas a de Parobé. Além do professor regente, o projeto disponibiliza os instrumentos de sopro e percussão para o aprendizado musical dos estudantes. São trombones, bombardinos, trompetes, tubas e pratos, que os jovens já manejam com boa desenvoltura, a ponto de se encorajaram a apresentações em público, como já ocorreu no desfile cívico e em eventos municipais no ano passado.
Quando mais se aprende, mais interessante fica
A participação dos estudantes na Banda Municipal Comunitária de Parobé é espontânea, como testemunha Mateus dos Santos Bueno. Aos 13 anos, ele foi incentivado pelo regente a empunhar um instrumento que impressiona pela envergadura: a tuba. “Eu mesmo quis participar e estou muito feliz aqui, pois sei que meus pais sentem orgulho de mim”, diz o menino, garantindo que ensaia em casa pelo menos uma hora por dia.
As amigas Thayrine Rodrigues dos Santos, 15, e Caroline Oliveira, 18, também ingressaram e permanecem no grupo musical por vontade própria. “No começo, era apenas um hobby, mas, na medida em que vai aprendendo, a gente se interessa cada vez mais”, contam as jovens, que tocam bombardino.
Segundo o regente Marlus, mesmo com as férias, a freqüência é boa nos ensaios. Nos dias de forte calor, a atividade ocorre ao ar livre, como aconteceu na metade desta semana. Além de manter o contato com a música, os encontros servem para aprofundar os conceitos teóricos dos integrantes da banda, como, por exemplo, a capacidade de ler partituras.
E é nesse último aspecto que a secretária de Assistência Social vislumbra mais um mérito da iniciativa liderada pela sua Pasta. “Quem sabe, a partir daqui possamos encaminhar alguns desses jovens para um projeto de vida profissional ”, observa Angela Rambo, com a concordância do regente, que cita exemplos de dois ex-alunos hoje voltados à carreira musical. Pela dedicação dos seus atuais pupilos, nada impede que possam seguir o mesmo caminho...
Divulgação/Alvaro Bourscheidt
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